Querido Diário #1

♥ Chega um determinado momento da vida em que algo totalmente novo e inusitado aparece batendo de frente com seu rosto e dominando a parte que controla seus sentimentos, e uma outra parte determina seus pensamentos. Algo que não sabemos denominar, muito menos descobrir do que se trata até olharmos ao redor e sentirmos que falta algo. Algo que não é material, mas parece estar tão distante que se acontecer de encontrarmos naquele exato momento (seja ele o que for) podemos sentir nas palmas das mãos a consistência daquele desejo...

Não existe um dia, um ano, um mês ou um horário preciso em que isso lhe venha a ocorrer. Talvez, seja um instinto próprio do ser humano, ou uma influência da sociedade moderna, ou algo do mundo invisível, não sei se isso acontece desde os primórdios da Terra, mas um dia, especial ou não, o desejo de querer ser alguém, querer ser algo e ter coisas te atinge de uma maneira tão avassaladora que por alguns instantes fica difícil respirar sem que o pensamento sobre a tal coisa não invada sua cabeça e te faça enxergar apenas ideias, caminhos, escolhas e opções que te permita alcançar um objetivo, que até alguns instantes atrás (mesmo que você jamais venha a saber quando) nem sequer fazia parte de você, hoje é a única coisa que pode te tornar alguma coisa quando você se deixa dominar e passa a acreditar que será um enorme NADA, ao menos que se concretize.
Sem que perceba, e talvez isso venha acontecer cedo ou tarde, que o tempo todo você foi completo, feliz... e nem se deu conta até não ser mais. Simplesmente o tempo passou e quando perceber nota que não há mais o que correr atrás, e mesmo que tivesse (e até viesse a conseguir) não teria o tempo necessário para desfrutar. Devemos apenas, antes de tomar qualquer atitude, nos perguntar: Valerá a pena?
Tudo na vida tem seus prós e seus contras, cabe a nós avaliar na balança; nada está certo, tudo está errado, mas nada está fora do lugar. Não há respostas, apenas confusão. Tantas pessoas ao nosso redor seguindo suas vidas, mas não há com quem falar ao mesmo tempo em que sabemos que pode se tratar de algo comum, com experiência própria sabemos que o que é comum as pessoas ignoram. Estamos sozinhos...


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